sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Conto: Noiva


Heey People!
Tudo bom com vocês?
Vou ter que me desculpar com vocês, faz duas semanas que não posto. Na semana retrasada eu havia esquecido e semana passada eu tive uns problemas pessoais e não estive inspirada nem feliz o suficiente pra isso. Então ~DESCULPAA~

Essa semana vou mostrar à vocês um conto que eu escrevi há um tempo... Não é maravilhoso,nem ótimo, só "bom". Mas mesmo assim eu espero que vocês gostem!


Noiva- Raquel P.

Ela estava sentada na escada da igreja, vestida com um vestido branco, com mini rosas, pérolas e uma linda cauda. Chovia não muito forte, mas o suficiente para desfazer seu cabelo e sua maquiagem. Olhos azuis manchados de rímel preto. Buquê caído no chão. Sozinha. Aquele deveria ser o melhor dia de sua vida. Uma noiva largada no altar. Cena atípica atualmente, afinal, hoje em dia casamento é caro. Ela pensava o que havia acontecido. Ou melhor, por que isto havia acontecido. Porque Gabriel a largou no altar? Justo na hora de dizer “Sim”? Ela desejava que tudo isso fosse apenas um pesadelo. Fechou os olhos o mais forte que pôde e chorou mais. A chuva ficou mais forte. Agora, aquela moça tão linda ficava com medo, se sentia como se caísse num buraco escuro e sem fim. Ela repassava mentalmente todos os acontecimentos, desde o pedido de casamento até a escolha do vestido e a entrada na igreja. Gabriel estava lindo, esperando-a, sorrindo num belo terno preto. Trazia na lapela um cravo. De repente, na hora do sim, sua amiga entra, Gabriel sai do lado de sua noiva e foge com a amiga. Aos poucos, os convidados se vão, sem dizer nada, todos assustados com o que havia acontecido. Após o ocorrido, ela se sentou na escada, havia duas horas que estava lá, sozinha. De repente, um carro para e Gustavo sai dele, correndo com um casaco nas mãos:
-Ei! Vamos, não quero ficar nessa chuva!
Ela o olha e continua sentada:
-Por quê? Por que devo ir com você, Gu?
-Porque eu sou seu melhor amigo e estou mandando você vim comigo. Vamos! Estou com frio!
Ela estende as mãos e Gustavo as recolhe e levanta a noiva do chão. Ele começou a rir quando viu o vestido, antes tão lindo, sujo, molhado e sem graça. Eles entram no carro e Gustavo lhe entrega uma sacola:
-Para que isso?
-Você está molhada e com frio. Se seque.
-Ok, mas nós estamos indo para onde?
-Para a minha casa.
A noiva se seca e veste um casaco. Gustavo repara que ela está quieta:
-O que te acontece, minha querida?
-Eu estava pensando, no dia em que lhe enviei o convite para ser padrinho do meu casamento, você rasgou-o e jogou-o no lixo. Até hoje não me disse por que não aceitou. E muito menos por que veio me buscar agora.
-Você quer que eu lhe responda?
-Sim.
-Bom, eu vim te buscar porque eu seria muito mau caso te deixasse lá. E não aceitei o convite porque vi e te avisei desde o início que ele era um babaca e que tudo daria errado. E você é minha melhor amiga, é meio que minha obrigação te buscar.
O moço estaciona o carro e eles entram no prédio. Ao passarem pela portaria, o zelador parece surpreso em ver a noiva lá e daquele jeito. Eles entram no apartamento e a noiva toma um banho e coloca um moletom velho de seu amigo e se senta no sofá:
-Querida, beba este chá, vai te aquecer.
-Obrigada, Gu.
Ele liga a TV e se senta ao lado da moça. Esta se deita em seu colo e dorme. Gustavo a amava, mais do que como apenas uma amiga e não aguentava vê-la sofrer daquele jeito. Ele tinha o impulso de beijá-la... Não. Não é certo se aproveitar de uma mulher com o coração partido. Começa a alisar os longos cabelos dela olhando a chuva. A moça então acorda num pulo e se senta, olha para o amigo e o chama:
-Gu...?
-Sim?
-Eu descobri uma coisa...
-...?
-Você, desde o início...
-Te Amo. Sou apaixonado por você.
Ouvindo isso, a moça começa a chorar novamente e o abraça. Ela o amava e ele esteve o tempo todo do seu lado. Como ela poderia... Amá-lo da mesma forma? Essa era a resposta para tudo. Desvencilhou-se do abraço e beijou-o, de uma forma apaixonada como nunca havia beijado Gabriel antes.  Gustavo retribuiu o beijo com desejo e paixão, coisas que estavam guardadas no fundo de seu coração por tanto tempo que agora vieram à tona:
-Gu, por que a gente nunca havia tentado isso antes?
-Você estava noiva, se lembra?
-Ah, sim, claro...
Gustavo ri da timidez de sua amada e a beija novamente, um beijo mais ardente, mais selvagem.
-Gu, você me ama?

-Para todo o sempre, meu amor.

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Espero que tenham gostado!
Beijão,


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